Da desorientação sexual


Refutar o homossexualismo a partir da ordem presente na natureza não é fazer pouco destes rebeldes. Toda conduta do homem que age contra o que é natural pode ser considerada rebelde, seja qual for. A idéia da desorientação sexual parte do principio de ignorância. A partir daí, resulta num conflito interior, na destruição da própria espécie.
A natureza não pode ser considerada imperfeita. É uma afirmação, no entanto, vazia. Os pensamentos se vão e vem sempre a considerando perfeita, ou então, sob a plena possibilidade de o homem alterá-la. Outra idéia que faz curvar nosso raciocínio. Sendo, pois, o homem obra da natureza, como pode ter sido criado capaz de modificá-la e ainda por cima, para pior? Considerações das mais diversas afloram desde aquelas que vêem o universo como presente ao homem, ou os esclarecimentos que defendem o processo divino de criação.
A ignorância é o que opera na formação do homem e mulher que se perde quando deve orientar-se sexualmente. Os casos banais, aqueles em que o problema não é uma duvida sobre a vocação sexual, haja vista que pelo libido existem os curiosos, não constituem danos aos sexos; os casos banais são apenas apetites do erotismo. Sendo a ignorância um principio que causa desorientação sexual, os casos em que o terceiro sexo consumou-se sem arbitrariedade, digo, por acreditar na falha da natureza, se o conhecimento sobre o ser estivesse presente, logo compreenderiam que tanto o homem quanto a mulher foram agraciados com as mesmas essências. Repito, em outras palavras, a essência masculina e feminina preenchem o homem, assim como a mulher.
Prova acerca do que acabo de afirmar necessita de uma simples observação, que requer dos sexos, sobretudo do masculino, humildade para reconhecer-se. Quer dizer, o homem é capaz de assumir a sua essência feminina; isso se aplica também, mas de maneira contraria, ao se tratar da mulher.


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