Um dia por vez

Enfadados pela vida, pela própria vida... Já não podem mais ser felizes. Não sabem nem ao certo que é a felicidade.

Insistem os tolos sempre em acreditar que um dia é só um dia. Quão misero é viver como estes! Agora, recuso-me a enxergar o mundo assim, as coisas, assim tão de longe. Devemos estar próximos, para assim penetrarmos os detalhes, toda a beleza, toda a riqueza. Quem sabe, até penetrar o mais intimo que alcançarmos... Dividir o homem

Não há, sem profundidade, prazer, se não o há, a vida é uma morte desnecessária... Se não há a intensidade, se falta-nos um querer observar, atentar-se para dentro de si, então não há mais nada. Se nos falta o poder de discernir entre o certo e o errado, o útil e o inútil, entre tantas e tantas coisas, faltar-nos-á tempo também para em silencio contemplarmos o dia, a vida, seus ensinamentos corriqueiros... Não perceberemos assim todo o mistério, toda a magia, todo o encanto que não é revelado aos que se atém em ser humilde, a deixar seu espírito repousar, para então orienta-lo ao rumo certo.

 
Das lições mais importantes que nos trazem a experiência diária, fundamento maior não há senão aquele que nos faz refletir a vida, que ela é para ser vivida tal como é, ou seja, aprecie seus segundos, minutos, cada manhã, tarde, anoitecer. Enfim, um dia... Um dia por vez!